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Cães Idosos – Como Cuidar com Qualidade

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Cães e humanos possuem uma longa história de parceria, e essa relação tem se estreitado cada dia mais com o aumento da expectativa de vida e dos diversos tratamentos e terapias que têm ajudado a manter a qualidade de vida dos pets. Nesse artigo falaremos dos cuidados mais importantes que os tutores devem ter com os cães idosos, as enfermidades mais comuns e como combatê-las.

Cães idosos: quando um cachorro pode ser considerado velho?

O processo de envelhecimento canino varia de caso para caso, mas é possível dizer que, na média, ele acontece por volta dos 8 ou 9 anos de idade do animal.

É importante ressaltar que o parâmetro comum de que 1 ano de idade do cachorro equivale a 7 de um ser humano não é exatamente preciso.

O porte deve ser o principal fator para estabelecer o início da terceira idade dos cães, sendo que os cães pequenos, com até 10 quilos, são considerados idosos aos 7 ou 8 anos. Já os maiores, de 26 a 45 quilos, podem entrar na maturidade ao completar 5 anos.

O envelhecimento se caracteriza pela perda progressiva da integridade fisiológica do organismo e há uma ampla diversidade de fatores ligados ao envelhecimento dos cães, desde internos (como a própria programação genética do pet), como externos (como alimentação, clima e estilo de vida), bem como a ocorrência de determinadas doenças.

Cães idosos dão sinais de seu envelhecimento?

A maioria dos tutores recebem orientações sobre as mudanças fisiológicas ligadas ao envelhecimento canino, como alterações metabólicas, da condição corporal e das habilidades sensoriais. Entretanto, poucos são instruídos sobre as mudanças comportamentais e cognitivas relacionadas ao avanço da idade.

O comportamento dos animais é regulado, em sua maior parte, pelo sistema nervoso central, pelos órgãos sensoriais e pelo sistema musculoesquelético. Isso quer dizer que qualquer doença que interfira no funcionamento do organismo vai provocar uma alteração de seu comportamento.

Em outras palavras, as mudanças comportamentais costumam ser os primeiros sinais de diversas patologias. Algumas mais sutis, outras nem tanto. Entre os principais sinais da idade estão:

  • Declínio da aprendizagem;
  • Declínio da memória;
  • Declínio da sociabilidade;
  • Declínio da atenção;
  • Declínio da curiosidade a novos objetos;
  • Declínio das atividades físicas;
  • Declínio da vontade de brincar;
  • Declínio da resposta aos comandos.

Aprender a observar e reconhecer o cachorro idoso pode ser crucial para identificar e prevenir uma porção de complicações.

Como manter a qualidade de vida dos cães idosos?

Assim como nós humanos, o cachorro velho não pode gozar de uma vida saudável e feliz se tiver uma rotina desregrada e sedentária durante os anos de juventude e em seu período de velhice. Saúde e bem estar estão diretamente associados ao comprometimento contínuo de ações saudáveis. Entre eles:

1 – Alimentação saudável:

Um dos primeiros passos para manter uma velhice canina saudável está no controle da alimentação. Escolher rações balanceadas, com indicação profissional, preferencialmente aquelas chamadas rações seniores, adaptadas às necessidades nutricionais da maturidade, ricas em ômega-3, zinco, proteínas, fibras e pobres em gordura.

2 – Rotina ativa:

As atividades físicas também são muito importantes, pois estimulam o crescimento e manutenção da saúde, ajudando o pet a continuar ativo por longos anos. Claro, a recomendação é que ele seja levado para caminhar nos horários mais frescos do dia, sem forçá-lo a se exercitar além do seu limite.

3 – Visita regular ao veterinário:

Muitos tutores preferem manter seus cães longe das clínicas veterinárias, porém, é muito importante manter certa regularidade de consultas, principalmente para os cães idosos.

Isso porque a saúde do pet idoso tende a ser mais frágil, resistindo menos às doenças e infecções como diabetes, catarata, queda dos dentes por tártaro e outras complicações.

Ao deixar seu pet na vistoria de um profissional qualificado pode significar o diagnóstico precoce de possíveis complicações, impedindo que patologias mais complexas atinjam seu amigo de maneira surpreendente e em momentos de difícil tempo de recuperação.

4 – Vida tranquila e confortável:

Outro ponto importante para a saúde dos cães idosos é o lugar onde habitam. Ter um local confortável para os momentos de descanso, alimentação e diversão também são elementos fundamentais para manter o bem estar canino e colaborar para a longevidade do animal.

2 doenças que costumam atingir os cães idosos

A velhice canina costuma afetar, principalmente, a vida saudável do cão em 4 diferentes frentes: alterações cardíacas (respiração ofegante e tosses são alguns sintomas), problemas ortopédicos (como a displasia coxofemoral, artrose e outros), insuficiência renal e disfunção cognitiva.

Abaixo, listamos duas doenças muito atendidas em nossas unidades de ortopedia veterinária:

1 – Artrose em cães idosos:

A artrose pode ser entendida como a degradação lenta e progressiva da cartilagem que cobre o interior das articulações e ossos, geralmente causada por algum trauma ou micro trauma (desgaste anormal da articulação).

A maioria dos casos registrados são em cães idosos que já estão em uma fase mais avançada de suas vidas, muito pelo desgaste natural e progressivo das cartilagens nas articulações.

Muitos cães com um desgaste inicial desenvolvem uma manqueira ou outro tipo de apoio de forma intermitente (como manter uma pata levantada ou, quando machos, urinarem sentados).

Na medida que a doença vai se agravando e deteriora as articulações, o mancar começa a se tornar contínuo e, dependendo do agravamento da degeneração arterial, o cão começa a evitar certos movimentos, demonstrando sintomas de dor mais facilmente.

Os principais sinais passam por:

  • Locomoção mais lenta;
  • Resistência para sair para passear;
  • Sofrem para acompanhar um ritmo intenso de caminhada;
  • Mostram dificuldades para se levantar ou sentar;
  • Se posicionam de forma pouco usual;
  • Perda de apetite em ciclos de dor;
  • Podem ainda apresentar sintomas de irritabilidade, agressividade, nervosismo, estresse e até insônia, evitando o toque em áreas afetadas pela artrose.

2 – Displasia coxofemoral em cães idosos:

A displasia coxofemoral é uma das principais doenças ortopédicas caninas. Ela é caracterizada pelo desenvolvimento anormal da articulação, resultando em graus variados de incongruência e subluxação da cabeça femoral em relação ao acetábulo.

Ela ganha cada vez mais importância clínica na medicina animal, especialmente pela constatação de que possui um alto índice de casos de displasia coxofemoral em cães idosos.

A instabilidade da articulação pode levar a diferentes intensidades da doença articular degenerativa com o passar do tempo, o que acaba culminando, potencialmente, com a disfunção grave da articulação.

Os cães idosos com displasia coxofemoral costumam apresentar, na maioria dos casos, uma conjunção de fatores genéticos e ambientais, principalmente no desgaste excessivo do local. Os sinais clínicos mais descritos passam por rigidez articular, diminuição da amplitude de movimentos, anormalidade de marcha, atrofia muscular e dor crônica.

É importante dizer que a avaliação individual de cada paciente e do contexto que circunda sua saúde é primordial para a melhor estipulação de tratamento.
Acredita-se que cerca de 90% dos pacientes utilizam-se de tratamentos conservativos, principalmente quando os resultados das modalidades cirúrgicas ainda não se apresentem como uma potencial cura.

Fisioterapia veterinária em cães idosos

Os métodos conservativos como a fisioterapia e outras modalidades não invasivas são extremamente úteis em complicações como as descritas acima, mesmo após a instituição de tratamento cirúrgico.

Ou seja, a reabilitação física desempenha papel muito mais fundamental no controle dos sintomas e estabilização da qualidade de vida do cachorro idoso do que propriamente o tratamento cirúrgico.

As principais terapias objetivam o controle dos sintomas e dos efeitos secundários relativos as doenças, ou ainda a prevenção do agravamento ou progressão das alterações patológicas.

Diversos estudos das doenças descritas acima afirmam que os melhores resultados são de tratamentos multimodais. Isso quer dizer a estipulação de diferentes métodos que envolvam diferentes modalidades de atuação terapêutica, preventiva ou ambas.

Aliás, diversas complicações podem ser combatidas através dos programas especiais de reabilitação animal, desde hérnia de disco, fraturas, lesões, luxação de patela e muito mais, principalmente quando há um diagnóstico assertivo feito de forma precoce.

Os diferentes métodos e técnicas empregadas, desde acupuntura, hidroterapia, quiropraxia, ozonioterapia e outros, garantem o combate a dores, incômodos, inflamações, fortalecendo músculos, aumentando flexibilidade, evitando novas intervenções cirúrgicas e resgatando a qualidade de vida do animal.

Conheça a Rede Fisio Care Pet!

A Rede Fisio Care Pet investe pesado na capacitação de seus profissionais e no desenvolvimento constante de métodos que garantam programas de reabilitação realmente eficientes, graduais e saudáveis.

São diversas unidades espalhadas pelo Brasil, oferecendo os melhores programas de reabilitação para problemas que atingem os cães idosos como a artrose, artrite, displasia coxofemoral, hérnia de disco, traumas, lesões, obesidade e muito mais.

Contamos com uma infraestrutura completa e uma equipe treinada para acompanhar cada etapa da reabilitação animal, desde análise, diagnóstico, planejamento e execução dos diferentes tratamentos oferecidos em nossas unidades.

Quer entender mais como a fisioterapia veterinária pode ajudar os cães idosos? Converse com um de nossos especialistas! Encontre a unidade Fisio Care mais próxima de você e marque uma consulta agora mesmo.

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