Certas raças de cães são mais propensas a desenvolverem alterações ortopédicas e há sempre uma preocupação sobre os cuidados necessários para colaborar com a sua recuperação. Uma das principais alterações ortopédicas veterinária é a luxação patelar, sendo que os animais acometidos podem ser submetidos à cirurgia, por isso será abordado neste artigo as dúvidas mais frequentes sobre como é a cirurgia de patela em cães, em que situações isto ocorre e quais cuidados tomar no pós operatório.
Se preferir um atendimento imediato para tirar suas dúvidas, clique no botão abaixo:
Como é a cirurgia de patela em cães
A técnica de Transposição da tuberosidade tibial (TTT clássica), é um dos procedimentos cirúrgicos mais utilizados para o tratamento dessa patologia.
Com o passar dos anos os especialistas em cirurgias ortopédicas implementaram melhorias nessa técnica, surgindo o que hoje se chama cirurgia 4T para luxação patelar em cães.
Ela consiste na transposição lateral ou medial da tuberosidade tibial, fixada como pino, por meio da criação de orifíciso, tanto na tuberosidade tibial, quanto no leito receptor, se mostrando eficaz na estabilização, proporcionando boa consolidação óssea e sem índices de complicação após o implante.
É normalmente indicada para cães que apresentam grau I ou II de luxação patelar, uni ou bilateralmente, com alterações angulares no membro pélvico envolvido.
Quando a correção cirúrgica é realizada precocemente, o prognóstico é muito bom, devolvendo ao pet apoio e mobilidade, a maioria dos cães passa a levar vidas normais e ativas.
O que é a luxação patelar
As principais raças acometidas são: Boston, Yorkshire terriers, Chihuahuas, Lulu da Pomerânica e Poodles miniaturas.
Normalmente a patela (rótula) se senta em uma ranhura no fêmur (osso da coxa), sendo presa por um tendão que liga o quadríceps a tíbia (osso da canela), nesta alteração o joelho é deslocado, ele anda fora deste sulco quando o joelho do cão é flexionado, causando muita dor e significativa perda de mobilidade, os sintomas podem varias desde somente dor, rotação do membro e claudicação
Em quase metade de todos os casos, a luxação patelar será encontrada em ambos os joelhos.
Pode ocorrer por fatores como: trauma, predisposição específica da raça ou de forma congênita.
Diferentes graus de luxação patelar
A luxação patelar é avaliada por gravidade, variando de uma escala de 1 a 4, sendo o grau 4 o mais grave.
Graus da luxação patelar
- Grau I: A patela pode sofrer luxação “ativa” quando a articulação é mantida em completa extensão. Não há crepitação ou deformidade óssea. Normalmente não há sinais clínicos.
- Grau 2: Ocorre a luxação espontânea, mas não permanente, o animal normalmente dá um ganido e flexiona o membro, mas após alguns passos, consegue recolocar a patela no local, fazendo um movimento que mais parece uma câimbra. Há desenvolvimento de deformidades ósseas e rotação de tíbia.
- Grau 3: A patela encontra-se em luxação permanente, mas pode ser reduzida manualmente. São observadas deformidades ósseas mais graves, pode ser palpável um sulco troclear raso. Normalmente apresenta andar anormal “agachado”, com rotação de membro.
- Grau 4: Apresenta luxação permanente e irredutível manualmente. A tíbia sofre rotação de 60 a 90 graus, com deformidades ósseas e ligamentares graves. As cirurgias corretivas são muito complexas, pois as alterações musculares e tendíneas também são muito graves.
Diagnóstico e principais sintomas da luxação patelar
A palpação é o principal meio de diagnosticar a existência de um quadro de luxação patelar em cães.
O acompanhamento de exames de imagem como o raio-x são de extrema importância para que este tipo de alteração seja investigado com mais profundidade, averiguando as condições articulares, excluindo ou não, a possibilidade de displasias ou luxações coxofemorais.
Os sinais nem sempre são evidentes, mas é possível listar alguns sintomas comuns, como:
- Claudicação (andar manco) em diferentes períodos;
- Dores irregulares (podem incidir mais no frio)
- O animal evita o apoio em uma das patas ao fazer suas necessidades;
- O animal passa a esticar a perna para trás enquanto caminha;
- Perde a capacidade de saltar ou pular normalmente;
- Articulações com aparência inchada;
- A parte debaixo do membro gira em direção ao lado onde está a luxação
Mais de 90% dos donos estão satisfeitos com o progresso de seu cão após a cirurgia, a maioria dos pets passa a viver vidas normais e ativas após a cirurgia. Isso é especialmente verdade quando a cirurgia é realizada precocemente após o diagnóstico.
Seu cirurgião trabalhará com você para criar um plano de recuperação especificamente para seu animal de estimação e sua situação.
Geralmente, o período de recuperação levará de 8 a 12 semanas, e incluirá um plano para restringir a atividade do seu animal de estimação após a cirurgia. Isso inclui o mínimo, sem uso de escadas, sem atividade fora da coleira, sem correr, pular ou brincar com outros cães.
A importância do conhecimento a respeito do funcionamento do joelho e a biomecânica do joelho vai fornecer ao fisiatra a capacidade de elaborar protocolos precisos para o tratamento, visto que existem diversas técnicas.
É importante ressaltar que a fisioterapia possui papel imprescindível, o tratamento através das técnicas de fisioterapia veterinária vai garantir uma recuperação mais rápida e saudável do pet, oferecendo fortalecimento articular, muscular e aumento de mobilidade, mesmo em pós operatório.
A hidroterapia e acupuntura são técnicas comprovadamente eficazes na recuperação de casos como os de luxação patelar em cães. O uso de esteira aquática para diminuição de impacto e melhor adaptação, até a acupuntura no controle de dores e melhora na recuperação muscular oferecem programas que respeitam a condição física e mental de cada pet, reabilitando de forma gradual.
Encontre a unidade mais próxima de você e marque uma consulta! Venha ver como podemos traçar o planejamento eficaz de recuperação do seu amigo.
