Epilepsia canina: compreenda os tipos, como se manifesta nos cães, as formas de diagnóstico e os tratamentos mais eficientes para controlar sua incidência
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A epilepsia canina é uma das causas mais comuns das ocorrências de convulsões em cães. Essas crises convulsivas costumam ocorrer pela descarga elétrica anormal e excessiva no cérebro. Como resposta a essa descarga elétrica, ocorrem alterações neurológicas (inconsciência) e muscular rítmicas (alternância de períodos sucessivos de tônus e relaxamento muscular), resultando em movimentos bruscos característicos de uma convulsão.
Como diferentes patologias existentes, a epilepsia canina possui diferentes causas e níveis, podendo ser tanto genética como adquirida. Trata-se de uma patologia mais comum do que se imagina, e é preciso que compreendamos que cães com essa condição podem ter uma vida normal, porém, claro, com cuidados e atenção redobrados para controlar a situação.
Epilepsia canina genética e adquirida
A epilepsia primária, ou genética, é uma condição que o pet já nasce possuindo, geralmente se manifestando em diferentes períodos. É rara e mais comum em cães de raça pura, que tem tendência maior a manifestação da doença devido à consanguinidade.
A epilepsia secundária, ou adquirida, pode ocorrer em qualquer cão, sendo que é comumente associada a consequência de traumas físicos, desde envenenamentos até batidas fortes de cabeça. Pode ocorrer em qualquer idade.
Quando costumam ocorrer?
O primeiro episódio de convulsão canina costuma ocorrer entre os 6 meses e 3 anos de idade, mas não é incomum que as crises iniciem-se após os 5 anos ou mais. Embora a frequência dessas crises variem bastante, as convulsões tendem a ocorrer em intervalos regulares, com semanas ou meses entre crises. Conforme o pet envelhece, a epilepsia vai se agravando e os episódios ocorrem em intervalos menores e com mais gravidade, principalmente em raças de grande porte.
Como identificar que meu cão sofre de epilepsia canina?
A epilepsia em cães pode se manifestar em diferentes níveis, desde pequenos espasmos e comportamentos estranhos, até ataques fortes com convulsão. Se o cão está espumando demais ou parecendo tonto e sem controle do próprio corpo, pode ser que ele esteja tendo um ataque epiléptico leve, e deve ser levado ao médico veterinário.
Os ataques mais graves, como quando o cão fica de lado no chão, espumando e sem controle dos próprios membros, é preciso manter a calma e garantir que ele não se machuque durante a crise, mantendo-o imóvel enquanto a crise for intensa, evitando que ele se afogue ou morda a própria língua.
Em primeiras ocorrências, dependendo do nível do ataque, é comum que o pet seja tratado com medicamentos anti-convulsão e calmantes, ficando sob observação. Se os ataques persistirem, o médico deverá manter o medicamento e buscar soluções medicamentosas que possam auxiliar no controle dessas crises.
É comum que alguns cães epilépticos demorem meses para ter outra crise, principalmente em casos mais leves que só precisam de observação. Por outro lado, os cães que apresentam crises mais frequentes e severas geralmente são medicados pelo resto da vida. Entretanto, isso não altera sua personalidade ou capacidade mental e física.
É importante ressaltar que se você perceber que seu cão está sofrendo uma convulsão ou ataque epilético frequente, é imprescindível a visita a um veterinário profissional, pois alguns casos de crises epiléticas e convulsivas podem ser sinal de algum tumor cerebral ou alteração no cérebro.
A melhor forma de tratamento
O papel dos tutores é fundamental no diagnóstico da epilepsia canina. É preciso ficar atento e, sempre que possível, anotar os detalhes dos episódios de crises convulsivas ou que indiquem alguma mudança no comportamento do pet, desde a duração das crises, alterações comportamentais, relação da crise com algum tipo de atividade, mudanças no sono, alimentação e funcionamento do sistema digestivo e urinário, perda ou ganho de peso e outros.
Todas as informações podem auxiliar no diagnóstico preciso e no grau de severidade da patologia. Além disso, diferentes exames laboratoriais, oftalmológicos, físicos e neurológicos também podem ser solicitados para uma melhor análise, principalmente com o intuito de excluir as chances de outros distúrbios que apresentam sintomas semelhantes como a cinomose, parvovirose, hipoglicemias, tumores e intoxicação.
O tratamento da epilepsia canina é comumente feito através do uso de remédios anticonvulsivos. Porém, não são todos os animais epilépticos que precisam de medicação. A terapia não costuma eliminar por completo as crises, mas pode reduzir significativamente a frequência e gravidade da convulsão canina. Por isso, sempre busque auxílio profissional para manter a qualidade de vida do seu amigo.
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