Síndrome vestibular periférica: compreenda do que se trata, sua distinção com a forma central, formas de diagnóstico, doenças subjacentes e tratamentos eficientes
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A síndrome vestibular periférica pode ser compreendida como a conjunção de sinais neurológicos que afetam a transmissão de informações do ouvido interno até o cérebro, desde como deve ser a posição da cabeça no espaço tridimensional até a manutenção do equilíbrio, orientação da cabeça e do corpo no espaço e audição.
Um dos sinais neurológicos mais visíveis da síndrome vestibular periférica é a posição inclinada da cabeça do pet. A determinação da origem desta síndrome é fundamental para que seja adequado um tratamento eficaz.
Qual é a função do sistema vestibular canino?
O sistema vestibular canino tem como principal função a orientação do animal em relação ao espaço e à gravidade, de forma que suas informações harmonizem os movimentos do pet, estabilizando a posição dos olhos, corpo e membros em relação à cabeça.
Trata-se de um sistema que funciona como um arco reflexo e as alterações neurológicas podem se dar devido a lesões no VIII nervo craniano, no ouvido interno (alterações periféricas) ou a uma lesão no tronco cerebral (alteração central).
- É importante ressaltar que a detecção assertiva da zona da lesão é fundamental para a detecção da patologia causadora da síndrome.
Quais os sintomas e sinais mais evidentes?
Existem quatro sinais mais evidentes que podemos notar no desenvolver da síndrome vestibular canina. Vejamos:
- Cabeça inclinada: o cão mantém a cabeça inclinada ou virada na direção de uma das suas orelhas (também chamada de head-tilt). Na maioria dos casos a lesão vestibular estará localizada no lado para o qual o pet inclinar a cabeça;
- Nistagmo: é possível observar movimentos dos olhos de tipo horizontal, rotativo ou vertical. Esses movimentos costumam ocorrer em duas fases: uma lenta no sentido da zona da lesão, e uma rápida no sentido contrário;
- Estrabismo: os olhos se posicionam de forma anormal, principalmente quando a cabeça é inclinada ou quando o pet se deita de lado;
- Ataxia: se distingue de outras formas de ataxia por ser assimétrica.
Como diferenciar a doença vestibular periférica e central e as formas de diagnóstico
A determinação da origem da lesão é fundamental para a realização de um diagnóstico assertivo e, principalmente, para revelar as possíveis patologias subjacentes. Na doença vestibular central, por exemplo, é possível observar sinais bem específicos como nistagmo vertical, alterações de consciência e sinais neurológicos correspondendo a lesões em outros nervos cranianos e alterações de propriocepção.
Para se chegar em um diagnóstico assertivo e definir se o problema é periférico ou central, será necessário a realização de um exame clínico detalhado e um exame neurológico completo. É possível, em diversos casos, que o histórico relatado pelo proprietário caracterize patologias como a cinomose, otite, administração de medicamentos inadequados e outros.
Na síndrome vestibular periférica canina é possível encontrar lesões que comprometem os receptores vestibulares situados na orelha interna e nervo vestibular. A otoscopia, exame de raio-x e outros exames, podem ser solicitados pelo especialista para uma melhor análise.
Quais as principais causas da síndrome vestibular em cães?
A síndrome vestibular em cães constitui, de forma habitual, a manifestação de alguma doença subjacente, ou seja, que se desenvolveu de forma silenciosa, implícita. As causas mais comuns são:
1 – Síndrome vestibular periférica em cães:
- Otite infecciosa que afeta o ouvido interno (é a causa mais comum);
- Traumas na bula timpânica;
- Causas idiopáticas;
- Neoplasias no nervo ou estrutura óssea;
- Infecçoes virais.
2 – Síndrome vestibular central em cães:
- Neoplasias;
- Hemorragias isquêmicas do tronco cerebral comprometendo o núcleo vestibular;
- Processos inflamatórios como meningoencefalite granulomatosa ou cinomose;
- Traumas, tumores ou deficiência nutricional.
Tratamento mais eficaz síndrome vestibular periférica em cães?
Os casos que envolvem infecção é recomendado o uso de antibióticos, mas sempre realizando um antibiograma para considerar qual o medicamento mais eficaz para cada caso. Nos casos onde há excreção e espessamento da bula timpânica, poderá ser requisitado a realização de uma drenagem cirúrgica.
Quando a lesão causadora da síndrome é central, os sinais mais incômodos podem ser tratados através de bloqueadores de canais de cálcio ou medicamentos anticolinérgicos, buscando diminuir as vertigens e vômitos, quando existem.
Atualmente os efeitos dos programas de reabilitação via fisioterapia veterinária, principalmente com as terapias aquáticas como a hidroterapia veterinária que utiliza-se de esteiras aquáticas, ajudam de forma decisiva na diminuição da frequência e intensidade de crises vertiginosas, desequilíbrio e auxiliam a manutenção da qualidade de vida do animal.
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